terça-feira, 22 de junho de 2010

Para refletir...

Não sabemos o que é Igreja

Por Kleber Pessoa | por e-mail



Igreja não é templo, não é sinagoga, não é mesquita. 
Não é o santuário onde os fiéis se reúnem para cultuar a Deus, ou quaisquer divindades. 
Igreja é gente, e não lugar. 
É a assembléia de pecadores perdoados; de incrédulos que se tornam crentes; de pessoas espiritualmente mortas que são espiritualmente ressuscitadas; de apáticos que passam a ter sede do Deus vivo; de soberbos que se fazem humildes; de desgarrados que voltam ao aprisco.
Igreja é mistura de raças diferentes, distâncias diferentes, línguas diferentes, cores diferentes, nacionalidades diferentes, culturas diferentes, níveis diferentes, temperamentos diferentes. 
A única coisa não diferente na Igreja é a fé em Jesus Cristo.
A Igreja não é igreja ocidental nem igreja oriental.  
Não é Igreja Católica Romana nem igreja protestante.  
Não é igreja tradicional nem igreja pentecostal. Não é igreja liberal nem igreja conservadora. Não é igreja fundamentalista nem igreja evangelical. 
A Igreja não é Igreja Adventista, Igreja Anglicana, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Deus é Amor, Igreja Episcopal, Igreja Holiness, Igreja Luterana, Igreja Maranata, Igreja Menonita, Igreja Metodista, Igreja Morávia, Igreja Nazarena, Igreja Presbiteriana, Igreja Quadrangular, Igreja Reformada, Igreja Renascer em Cristo nem igrejas sem nome.
A Igreja é católica (universal), mas não é romana.  
É universal (católica) mas não é a Universal do Reino de Deus.  
É de Jesus Cristo, mas não é dos Santos dos Últimos Dias. 
Porque é universal, não é igreja armênia, igreja búlgara, igreja copta, igreja etíope, igreja grega, igreja russa nem igreja sérvia. 
Porque é de Jesus Cristo, não é de Simão Pedro, não é de Miguel Cerulário, não é de Martinho Lutero, não é de Simão Kimbangu, não é de Sun Myung Moon, não é de João Paulo II.
Em todo o mundo e em toda a história, a Única Pessoa que pode chamar de minha a Igreja é o Senhor Jesus Cristo. 
Ele declarou a Cefas: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).
Não há nada mais inescrutável e fantástico do que a Igreja de Jesus Cristo. 
Ela é o mais antigo, o mais universal, o mais antidiscriminatório, o mais inexpugnável e o mais misterioso de todos os agrupamentos. 
Dela fazem parte os que ainda vivem (igreja militante) e os que já se foram (igreja triunfante). 
Seus membros estão entrelaçados, mesmo que, por enquanto, não se conheçam plenamente. 
Todos igualmente são “concidadãos dos santos” (Ef 2.19), “co-herdeiros com Cristo” (Ef 3.6; Rm 8.17) e “co-participantes das promessas” (Ef 3.6). 
Eles são nada menos e nada mais do que a Família de Deus (Ef 2.19; 3.15). 
Ali, ninguém é corpo estranho, ninguém é estrangeiro, ninguém é de fora. 
É por isso que, na consumação do século, “eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3).
A Igreja de Jesus, também chamada Igreja de Deus (1 Co 1.2; 10.22; 11.22; 15.9; 1 Tm 3.5 e 15), Rebanho de Deus (1 Pe 5.2), Corpo de Cristo (1 Co 12.27) e Noiva de Cristo (Ap 21.2), tem  como Esposo (Ap 21.9), Cabeça ( Cl 1.18 ) e Pastor (Hb 13.20) o próprio Jesus Cristo.
A tradicional diferença entre igreja visível e igreja invisível não significa a existência de duas igrejas. A Igreja é uma só (Ef 4.4). 
A igreja invisível é aquela que reúne o número total de redimidos, incluindo os mortos, os vivos e os que ainda hão de nascer e se converter. Eventualmente pode incluir pecadores arrependidos que nunca freqüentaram um templo cristão nem foram batizados. 
Somente Deus sabe quantos e quais são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Tm 2.19). 
A igreja visível é aquela que reúne não só os redimidos, mas também os não redimidos, muito embora passem pelo batismo cristão, se declarem cristãos e possam galgar posições de liderança. 
É a igreja composta de trigo e joio, de verdadeiros crentes e de pseudocrentes. 
Dentro da igreja visível está a igreja invisível, mas dentro da igreja invisível nunca está toda a igreja visível. 
A Igreja de Jesus é uma só, porém é conhecida imperfeitamente na terra e perfeitamente no céu”.

Extraído da revista Ultimato, março-abril/2002

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