quinta-feira, 24 de junho de 2010

SE O VIZINHO É BOM, O SONO É MELHOR! Pr. Ronaldo Franco (por e-mail)



Desde as épocas mais remotas, para poder sobreviver, muitas vezes, os vizinhos tinham que se unir. No entanto, nem mesmo esta importante interdependência era forte o bastante para garantir uma convivência pacífica entre eles. A história contém inúmeros relatos de conflitos envolvendo famílias e, até mesmo, nações. Alguns tão graves que terminaram em guerras.
Se naquela época já era complicado ter vizinhos, imagine, hoje, então, nesta época pós-moderna, caracterizada pelo individualismo exagerado, intolerância, egoísmo e falsas sensações de liberdade e independência? (Leia II Timóteo 3.1-2). Não é à toa que está voltando à moda aquele velho provérbio popular que diz: “Vizinho chato, inferno ao lado”.

Neste assunto, como em todos os demais, a Bíblia tem lições preciosas. Vamos ver como a Bíblia nos ensina a lidar com os vizinhos ruins, depois, veremos que ela também tem uma palavra de esperança e alegria sobre o assunto.

QUANDO OS VIZINHOS SÃO RUINS?

Primeiramente, procure descobrir se o vizinho ruim não é você mesmo. Temos sempre a tendência de achar que “o diabo está no outro”, nunca em nós. Quem sabe seus vizinhos estão apenas reagindo ao seu mal comportamento ou da sua família. Quer mesmo saber a verdade? Pergunte a eles (aos seus vizinhos). Muitas vezes temos sido ingratos para com nossos vizinhos, desrespeitando o princípio bíblico que diz:. “Sede agradecidos” (Colossenses 3.15); ou temos desprezado as pessoas, pelos mais estúpidos motivos, inclusive por diferenças religiosas, desrespeitando outro ensinamento bíblico que diz que quem despreza o próximo é louco e peca (Provérbios 11.12, 14.21); ou, temos tratado os vizinhos com grosseria, ignorando o ensino de Provérbios 15.1 que nos ensina a dar sempre respostas brandas e gentis; ou temos nos envolvido em fofocas, falando mal das pessoas ou dando ouvidos a este tipo de conversa, esquecendo-se da proibição bíblica em Tiago 4.11: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz”; e vai por aí afora. Se você descobrir que o problema é você ou sua família, mude seu comportamento e verá que seus vizinhos, com o tempo, também mudarão o deles.

Em segundo lugar, procure descobrir se o seu vizinho ruim não é um castigo que Deus tem enviado para ajudar você e sua família a refletir e abandonar os seus pecados. Isso já aconteceu no passado, confira: “Tu nos pões em contendas com os nossos vizinhos, e os nossos inimigos zombam de nós entre si” - Sl 80.6. Se for este o caso, arrependa-se dos seus pecados e Deus tirará este espinho da sua carne.

Por fim, se o problema realmente são os seus vizinhos, coloque o assunto nas mãos de Deus, pois, em Jeremias 12.14, há relato muito interessante sobre o agir de Deus numa situação semelhante: “Assim diz o Senhor, acerca de todos os meus maus vizinhos, que tocam a minha herança, que fiz herdar ao meu povo Israel: Eis que os arrancarei da sua terra, e a casa de Judá arrancarei do meio deles”.

PALAVRAS BÍBLICAS DE ESPERANÇA E ALEGRIA.

1. Melhor é o vizinho perto do que o irmão longe (Pv 27.10). Ter parentes achegados é muito bom, ter irmãos queridos, melhor ainda, mas, verdade seja dita, num momento de urgência, de socorro imediato, são os vizinhos que estão mais perto e costumam chegar primeiro. Muitas vezes, são eles quem Deus tem usado para nos ajudar e até nos salvar. São eles, também, que muitas vezes nos prestam pequenas ajudas, simples até, mas tão importantes naquele momento que nos encorajamos a bater à porta de suas casas, não importa a hora, pedindo um favor, como, por exemplo, uma colher de sal ou de açúcar emprestado. Os genuínos filhos de Deus, sempre que estiver ao seu alcance, devem estender a mão aos seus vizinhos e, se um dia precisou deles, devem jamais se esquecer disso. Procure manter uma atitude de gratidão por ter vizinhos com os quais pode contar, pois isso é muito melhor do que ter vizinhos que nos fazem sofrer.

2. Os vizinhos são testemunhas naturais do agir de Deus em nossa vida. Quando Jesus curou o cego (João 9), foram os vizinhos dele quem fielmente testemunharam a sua cura e transformação. Se Deus estiver agindo em sua vida e em sua família, seus vizinhos, certamente, serão os primeiros a perceber e comentar as mudanças (Lucas 1.58).

3. Não devemos viver enfurnados na casa de vizinho, mas isso não quer dizer que não podemos comungar com eles de vez em quando. Veja o exemplo daquele homem que, quando encontrou a sua ovelha perdida, chamou seus amigos e vizinhos para se alegrar com ele (Lucas 6). Isso ajuda a melhorar os relacionamentos e a convivência.

4. Os vizinhos são nosso campo missionário: “E Jesus lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim” – Mc 1.38.
5. Os vizinhos podem ser canal de bênção em nossa vida. Quando Eliseu multiplicou o azeite da viúva, foram os vizinhos quem emprestaram as vasilhas para ela: II Reis 4.3: “Então disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas”.

O melhor, em relação aos nossos vizinhos, é nos conscientizarmos que precisamos uns dos outros, que não existe essa coisa de “total independência”. Todos nós estamos ligados, de um jeito ou de outro e já que temos que compartilhar o mesmo ar que respiramos, o melhor é viver em paz.
Ser gentil, respeitoso e solidário é a política de vizinhança mais produtiva e inteligente que existe.

É uma atitude que agrada a Deus e nos poupa de muitos incômodos.






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